Sempre ias à frente e me é difícil te expressar em palavras, já que agora segues teu caminho ao meu lado, sem guiar-me.
Para ver-te não careço mais de levantar o olhar, basta-me virar o rosto para te avistar. Estás aqui como um velho amigo, aquela parte querida que terminastes por ser.
Acostumei-me com tua presença, que um dia me foi farol e hoje me é discreta, eternizada companheira de viagem nesta estrada da vida que é exatamente incerta.
Consulto-te, por vezes, para que as raras palavras que, ainda, escorrem por meus dedos sejam mel e possam adoçar o breve momento de quem se dedicou a lê-las.
Então, segura a minha mão e sigamos juntos lado a lado!